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DADOS AJUDAM A MELHORAR MARKETING DOS NEGÓCIOS, MAS É PRECISO SABER COMO USÁ-LOS

14/08/2019

Pode ser que as pessoas não se lembrem do que fizeram em seu último aniversário. O que comeram, beberam ou mesmo os locais que passaram. No entanto, provavelmente, empresas como o Google e Facebook sabem exatamente o que aconteceu. Para Carlos Lima, sócio do escritório Dannemann Siemsen Advogados, esse "conhecimento", fruto de do avanço da tecnologia, levanta uma série de debates em relação à privacidade.

Lima foi um dos palestrantes do We Are Omie 2019, evento de empreendedorismo, tecnologia e contabilidade que aconteceu nesta quinta-feira (8/8), em São Paulo. O painel "Lei Geral de Proteção de Dados, você e seu negócio - Esteja preparado!" discutiu um pouco sobre os limites de captura e armazenamento de dados.

"A partir de processos de machine learning e inteligência artificial, os negócios conhecem melhor os seus clientes e assim conseguem desenvolver estratégias mais assertivas", afirma o palestrante. Apesar de ser uma estratégia de marketing atrativa, coletar dados massivamente pode trazer algumas consequências negativas para os consumidores.

"Se eu compro remédios para o meu pai e pretendo fazer um seguro de vida para mim, por exemplo, a seguradora pode considerar que a apólice é para ele. O problema é que eu irei pagar bem mais caro por esse serviço, baseado em uma premissa equivocada", diz Lima. Para conter esse problema, foi sancionada no Brasil a Lei Geral de Proteção de Dados, que regulamenta o uso e transferência de dados pessoais no país.

De acordo com o palestrante, as empresas precisam estar preparadas para se adequar a lei, principalmente agora que para usar essas informações precisam do consentimento do titular. "No mundo da internet, não existe almoço grátis. Se você não está pagando pelo produto, você é produto", afirma Lima.

Outra mudança com a nova legislação é na área da saúde. Os pacientes, por exemplo, têm direito à portabilidade dos seus dados para outras operadoras de convênio. Segundo o o sócio, os negócios precisam estar atentos às novas regras, porque podem sofrer penalidades caso as desrespeitem.
Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios

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