O mercado formal de trabalho registrou 136.189 empregos no mês de março. É o terceiro resultado positivo consecutivo em 2022.
Contudo, o saldo representa queda de 11,23% em relação ao registrado em igual período do ano passado, que foi de 153.431.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência, nesta quinta-feira (28).
Para o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira,o saldo já se aproxima da meta de geração de empregos neste ano, estipulada em 1 milhão: "penso que temos que comemorar".
Novos empregos formais
Nos primeiros três meses do ano, os empregos foram puxados pelo setor de serviços, com saldo positivo de 433.001. A indústria de transformação ficou em segundo lugar com 109.673, seguida pelo setor da construção civil, com 100.487 vagas. Já o comércio eliminou 54.121 postos.
O secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Bruno Dalcolmo, disse que o setor de serviços foi mais sacrificado pela pandemia que o comércio e estava com demanda reprimida. Segundo ele, isso explica o saldo negativo no comércio:
"As pessoas estão demandando serviços, turismo, eventos, festas, congressos e não produtos ", afirmou.
Com exceção do trabalho doméstico, todos os segmentos do setor de serviços geraram empregos.
O subsetor de alojamento e alimentação registrou saldo positivo de 7.061 postos em março. No mesmo período do ano, foram fechadas 38.629 vagas em hotéis e restaurantes.
Outro subsetor de serviços, arte, cultura, esporte e recreação gerou 1.160 postos no mês passado; no mesmo mês de 2021 havia eliminado 2.908.
O Sudeste foi a região que mais gerou emprego em março, com saldo positivo de 75.805 postos, com destaque para São Paulo e Minas Gerais. O Rio ficou em terceiro lugar com abertura de 11.385 vagas.
Retomada da economia
O secretário explicou que a desaceleração na taxa de crescimento do emprego se deve à retomada da economia, com aumento das admissões e maior rotatividade no mercado de trabalho.
Ele mencionou também que o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego (BEm), criado no auge da pandemia e que permitiu redução de salário e de contrato em troca da estabilidade do trabalhador, está terminando, sem novos acordos.
Uma das consequências foi o aumento nos pedidos de seguro desemprego, que subiu de 550.265 para 674.603 no mês passado. A alta, contudo, é considerada um processo natural pelo governo, diferentemente de 2015 e 2016, quando a economia estava em crise.
Com informações do O Globo
Fonte: Contábeis